“Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões”, cantou o brasileiro Caetano Veloso.
Seria possível acrescentar: e a língua de Florbela Espanca.
As línguas de João Melo e Maria Celestina Fernandes.
As línguas de José Luiz Tavares e Dina Salústio.
As línguas de Tony Tcheka e Odete Semedo.
As línguas de Luís Bernardo Honwana e de Paulina Chiziane.
As línguas de Marcelo da Veiga e Manuela Margarido.
As línguas de Luís Cardoso e Maria Ângela Carrascalão.
As línguas de Guimarães Rosa e Carolina Maria de Jesus.
As línguas de Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor, Brasil.
As línguas portuguesas, múltiplas, mas única.
A Língua Portuguesa.
Nesta sexta-feira, 5 de maio, celebra-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa. A data foi estabelecida pela CPLP em 2009, mas só dez anos depois, em 2019, é que a 40ª sessão da Conferência Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) decidiu proclamar o dia 5 de maio de cada ano como dedicado a esta que é a quarta língua mais falada no mundo.
Para nós, da CPLP_SE, é dia de celebrar não, supostamente, a única coisa que nos une, mas aquilo que, diferentemente, dá nome(s) a tudo o que nos une. Palavras, dicionarizadas em português, que nos são caras: educação, trabalho, paz, justiça, igualdade, equidade, solidariedade. Palavra, dicionarizada em português, que nos define: COMUNIDADE.
“Gosto de ser e de estar”, continuou Caetano Veloso. E assim estamos e somos. Juntos.
“Gosto do Pessoa na pessoa”, seguiu o cantor. E lhe acrescentamos o plural: nas pessoas, as que constituem nossa entidade, as que lutam pelos nossos países.
Viva a Língua Portuguesa!
Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa — CPLP_SE
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