A CPLP-SE, Comunidade das Organizações Sindicais de Professores e Trabalhadores da Educação dos Países de Língua Portuguesa, organização que inclui 15 sindicatos de todo o mundo lusófono, tomou conhecimento do comportamento do Governo dessa província angolana relativamente a uma marcha realizada na cidade de Lubango no dia 2 de Outubro de 2010, marcha pacífica centrada na defesa dos interesses sócio-profissionais dos professores e educadores dessa província.
Organizada pelo SINPROF, sindicato também filiado na CPLP-Sindical de Educação, tal iniciativa inseria-se na actividade normal de um sindicato em qualquer Estado de direito, bem como no livre exercício da sua autonomia face a todos os poderes (poder político incluído), pelo que é perfeitamente inadmissível a perseguição de que são alvo alguns dos principais dirigentes do SINPROF na região, que culmina num abusivo julgamento de oito desses dirigentes, marcado para o passado dia 5 de Abril e adiado para o próximo dia 18 deste mês.
Esta intromissão indesculpável na legítima actividade de um sindicato é, em absoluto, rechaçada pela CPLP-Sindical de Educação que, não só manifesta a sua completa solidariedade para com um dos seus membros – o SINPROF, como reclama do Governo de Huíla a reposição da legalidade democrática e a libertação incondicional dos dirigentes do SINPROF sujeitos a julgamento.
Mais informamos que tornaremos pública esta tomada de posição agora dirigida à Direcção do SINPROF – Sindicato Nacional dos Professores de Angola.
Com as mais calorosas saudações sindicais
Pela Comissão Coordenadora da CPLP-SE
Abel Macedo
(Secretário Coordenador)
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