“No dia 5 de maio, alunos e professores de Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, encontraram-se, virtualmente, via Zoom, para celebrar a Língua Portuguesa. Nesse encontro, tivemos a oportunidade de constatar a riqueza desta língua e a diferença entre o português falado e escrito nos diferentes países lusófonos.”
Foi assim que, de Portugal, a professora Célia Queirós descreveu ao Portal da Contee o evento promovido, no último dia 5, pela CPLP (Comunidade dos País de Língua Portuguesa), à qual a Confederação é filiada. O encontro foi intermediado pelo secretário coordenador da Secretaria de Educação da CPLP, José Augusto Cardoso, e pela coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais da Contee, Cristina Castro.
“Os alunos apresentaram escritores/poetas dos respetivos países, com a leitura de alguns excertos de obras e poemas”, contou Célia, docente do Agrupamento de Escolas de Vilela, em Paredes, Portugal. “Foram duas horas de partilhas extraordinárias, que permitiram aproximar, ainda mais, estes países da lusofonia.”
Importância simbólica
A abertura foi feita por Cardoso, que destacou que a instituição desse “dia comum letivo assume importância real e simbólica”, em homenagem a “uma língua que cada vez mais assume uma importância maior em sua expressão educativa, científica e cultural”.
Quem representou o Brasil no encontro foi a professora Rachel Gomes Lau, de Juiz de Fora, Minas Gerais. “Para mim e os estudantes de Língua Portuguesa da Escola Municipal José Calil Ahouagi foi uma honra participar deste evento comemorativo ao Dia Mundial da Língua Portuguesa, exercitando o que a língua tem de mais vivo, aproximar as pessoas pela interação discursiva”, declarou Rachel.
“E, no nosso caso, brasileiros que somos, ainda nos enriquecemos com a sonoridade dos dialetos e regionalidades que se fizeram presentes nos diferentes modos de falar a Língua Portuguesa. Muito agradecida pela experiência e na expectativa de outras.”
Para a professora Glenda Teixeira, da Escola Secundária Jorge Barbosa, de Mindelo, em Cabo Verde, “o encontro foi muito bom, uma vez que conseguimos trocar experiência com outros países que falam a Língua Portuguesa”.
“Também pudemos dar a conhecer um pouco da nossa cultura, da Língua Cabo-Verdiana (crioulo) e algumas particularidades linguísticas em comum com Portugal e Brasil.”
Da mesma escola em Cabo Verde, a professora Vânia Fonseca manifestou “enorme prazer em ter participado, não só pela partilha de informações, mas também pela oportunidade em conhecer outras realidades e excelentes profissionais”.
Coletividade e integração
Para Cristina Castro, que representou a Contee, a Confederação “contribui muito nessa coletividade, nesse conhecimento e nessa integração”.
“Falar da Língua Portuguesa é ampliar nossos horizontes para tudo aquilo que nos une e ao mesmo tempo nos é tão distante. Atravessar o oceano e ir ao encontro da nossa língua, com outros sotaques, outras formas de pronúncia, é encantador”, observou a diretora da Contee.
A CPLP está de parabéns por todo esse trabalho que se inicia agora e que abre, na área da educação e do conhecimento, nesse intercâmbio de culturas, um canal muito rico.”
Táscia Souza
Comments