CPLP-SE envia carta ao presidente Bernardo Arévalo da Guatemala e solicita medidas urgentes diante do assassinato do sindicalista René Sucup Morán, dirigente do STEG

Senhor Presidente,

A Confederação Sindical de Educação dos Países de Língua Portuguesa (Cplp-se), ao cumprimentá-lo, respeitosamente, solicita e espera  a imediata adoção de medidas  eficazes visando a identificar e punir os covardes assassinos do companheiro sindicalista René Sucup Morán, dirigente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação da Guatemala (STEG), ocorrido no último dia 6 de setembro corrente; barbaramente assinado pelo único crime de fazer a defesa intransigente dos direitos e interesses dos integrantes da categoria de professores, que tem a sublime missão social de mediar a formação das crianças e dos jovens para a  vida e para o exercício da cidadania, nesse prestigioso País e em todos os demais do mundo.

Solicitamos ainda, a determinar que se deem segurança e proteção a todos dirigentes sindicais, para que possam exercer com o mínimo de tranquilidade suas atribuições constitucionais e democráticas, em prol da dignidade e do bem-estar dos trabalhadores aos quais têm o dever de bem representar.

Senhor Presidente, o ato de ceifar a  vida de um dirigente sindical não se resume à sua eliminação física, é muito mais que isso: representa a inequívoca demonstração de desprezo pela vida humana, pelos direitos humanos universais de livre associação sindical e de garantia de liberdade plena, assim reconhecidos expressamente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, da qual esse relevante País é signatário; e, por fim, tem como nefasto objetivo pôr abaixo a ordem democrática, sem qual liberdade de expressão e ação em defesa de melhores condições  de vida e trabalho.

O assassinato do companheiro René Sucup Morán,  é  mais uma prova incontestável que os agentes de outros interesses não nutrem o menor apreço pela ordem democrática, somente a tolerando enquanto seus inescrupulosos interesses não são ameaçados. Aliás, V. Exª bem sabe o que significa contrariá-los, posto que tais agentes tudo fizeram para impedi-lo de tomar posse no cargo de Presidente, que  democraticamente lhe foi conferido pelo laborioso povo guatemalteco.

René Sucup Morán: PRESENTE!