Evento reúne líderes sindicais e educadores para debater desafios e apresentar propostas visando a valorização da educação pública nos países de língua portuguesa.
A CPLP-SE promoveu em Fortaleza, nos dias 28 e 29 de outubro, o Seminário Internacional. O evento foi organizado pelas entidades brasileiras: CNTE, CONTEE e PROIFES, e contou com a presença e apoio da Internacional da Educação (IE) e da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL).
O encontro foi um espaço essencial para aprofundar temas relacionados às melhores condições de vida e trabalho dos profissionais da educação, além de fortalecer a luta por uma educação pública, laica, gratuita, socialmente referenciada, democrática e inclusiva.
O seminário com o tema “Do local ao global: fortalecendo a educação pública e a organização sindical!” teve cerca de 300 participantes, incluindo líderes sindicais, educadores e pesquisadores de onze países: Alemanha, Angola, Estados Unidos, Costa Rica, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Uruguai, Argentina e Brasil.
A programação incluiu lançamentos de publicações, apresentações de vídeos e painéis de discussão, onde educadores e representantes compartilharam experiências e estratégias para enfrentar os desafios atuais da educação. Os participantes puderam trocar ideias sobre práticas pedagógicas inovadoras e discutir a importância da valorização dos profissionais da educação, resultando em um ambiente colaborativo e inspirador.
A CNTE lançou a nova edição da revista Retratos da Escola, uma publicação dedicada a discutir as políticas educacionais com um enfoque sindical e político; lançou também a 2ª edição da Revista VITALIDADE, que trata de envelhecimento e aposentadoria, trazendo uma reflexão sobre como usar o tempo e como envelhecer bem e com saúde.
O evento ainda festejou os 25 anos da CPLP-SE, reforçando o papel da Confederação no cenário educacional global e sua importância para a luta por uma educação pública de excelência.
Ao final do seminário foi aprovada a Carta de Fortaleza, que apresenta diretrizes conjuntas para impulsionar a educação pública e o movimento sindical em países de língua portuguesa. A carta destaca a necessidade de um financiamento adequado para a educação, a defesa de uma formação docente de qualidade, entre outros pontos. O documento é um manifesto que convoca todos os envolvidos a se comprometerem com a Educação Pública e a valorização dos profissionais da educação, enfatizando a importância de garantir condições dignas de trabalho e acesso igualitário ao ensino para todos.
O Carta na íntegra será apresentada na atividade autogestionada a ser realizada no dia 14 de novembro no Rio na Cúpula Social, onde as 3 entidades brasileiras apresentarão os resultados deste seminário e as propostas ao G20.
Estiveram presentes as entidades: Cnte, Contee, Proifes,FNE, Sinprof, FSECDCSA, FECAP, Sindep, Sinaprof, Sinprestp, que muito contribuíram com o debate e alimentaram a necessidade de intensificar a luta para assegurar que de fato a educação seja direito e não mercadoria.
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