CPLP-SE apoia ampla luta dos professores portugueses

As ruas de Lisboa foram tomadas por 150 mil pessoas no último sábado (11), na maior manifestação de professores e educadores que já houve no país. O secretário-geral da CPLP-SE (Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa), José Augusto Cardoso, esteve presente no ato e, em nome das nações lusófonas, expressou solidariedade e apoio ao magistério em Portugal.

“Desde a Fenprof e a FNE de Portugal, do Sinaprof da Guiné- Bissau, da Fecap e do Sindep de Cabo Verde, do Sinprestep de São Tomé e Príncipe, da FSTECDCSA e do Sinprof de Angola, da ONP/SNPM de Moçambique, da Proifes, da Contee e da CNTE do Brasil estamos todos nesta luta, “discursou Cardoso.

“Estamos todos juntos na luta por uma escola pública de qualidade para todos e todas. Estamos todos juntos na exigência de uma profissão dignificada, com uma carreira valorizada e atrativa. Estamos todos juntos na construção de uma sociedade onde exigimos maior justiça social e onde a educação tem de ter um papel insubstituível a desempenhar. Estamos indignados pela falta de soluções para a educação”.

Para o secretário-geral da CPLP-SE, “investir na escola pública e nos seus profissionais é investir no futuro”.

“Devemos dizer em uníssono, de forma solidária e inequívoca, que a educação é um direito básico fundamental inalienável de todos os povos do mundo”, conclamou. “A CPLP-Sindical da Educação sente um enorme energia e redobrada motivação com esta luta.

Viva a luta de todos os profissionais da educação. Estamos juntos!”

As nove organizações sindicais portuguesas promotoras da manifestação, entre as quais Fenprof e FNE, filiadas à CPLP-SE, traçaram as próximas ações de luta dos professores:

– de 13 a 17 de fevereiro: Semana de Luto de Luta, com protestos diários nas escolas, designadamente nos dois dias das próximas reuniões de negociação com o Ministério da Educação — 15 de fevereiro às 15 horas e 17 de fevereiro às 10 horas;

– 23, 24, 27 e 28 de fevereiro: Dias DDDD – Debate Democrático de Dignificação da Docência, quando serão apresentadas as propostas do ME e debatidas as formas de luta a adotar, se necessário, até final do ano letivo;

– 2 e 3 de março: greves e manifestações — dia 2 nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, com manifestação na cidade do Porto; dia 3 nos distritos de Beja, Castelo Branco, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal, com manifestação na cidade de Lisboa.